27 de jul. de 2012

Sonho, sonho. Realidade, à parte.

Sei que, às vezes, posso parecer um tanto sonhadora demais - até para mim mesma - e estive a pensar ao que isso me levaria, quero dizer, o que poderia me acontecer na pior das hipóteses. Foi aí que descobri que  posso perfeitamente separar, na minha vida, os meus sonhos e a minha realidade.
Foto: We Heart It
Eu sonho em ser uma bailarina profissional, ingressar em alguma companhia de dança e viajar pelo mundo para fazer o que eu amo, sonho em ter flexibilidade, equilíbrio, força, concentração, destreza, delicadeza, fluidez e tudo o mais que seja necessário. Sonho em dançar tão bem quanto respiro. Em me superar a cada dia - a dor, o cansaço, a ansiedade, o medo. Bater meus próprios recordes. Vibrar de felicidade por conseguir o que custara muito esforço. Ser bailarina completa.
A minha realidade é que faço aulas de balé por duas horas duas vezes na semana, há quatro anos, tendo parado por um ano na metade deste tempo. É que nunca dancei nenhum repertório, nem fiz nenhum solo, tampouco pas de deux. E que não tenho tanta flexibilidade quanto gostaria. Nem equilíbrio. Nem força. Nem todas as outras coisas  de que falei. E que considero meu desempenho nas pontas um tanto quanto precário. A minha realidade é que assisto vídeos de dança na internet que fazem meus olhos marejarem de admiração e que, eventualmente, me deixam deprimida, pensando que eu jamais conseguiria fazer o que aqueles bailarinos incríveis fazem (sei que a gente tenta fugir dessa coisa do "nunca", mas todo mundo sabe que é inevitável). A minha realidade é que moro em cidade pequena, onde não há teatros (exceto por um, totalmente inviável para apresentações de dança) e que temos sorte de que a nossa escola de balé exista. E que, talvez, muito provavelmente, terei de deixá-la no próximo ano, devido aos estudos.
Mas eu não penso em parar de dançar. Não depois de ter experimentado. Não depois de ter subido nas pontas pela primeira vez. Não depois do som dos aplausos, nos espetáculos. Muito menos depois de ter aprendido a ser menos desengonçada (hahah). 
A concepção de sonho e realidade muda na dança. Que parece sonho, mas é real. Que parece arte, mas, para muitos, é vida. Porém, acho que sou capaz de discernir até onde posso ir, dentro das minhas possibilidades, sem ainda analisar a questão de que "nada é impossível". E para dançar, antes de tudo, é necessário manter os pés no chão. Mesmo um salto tem dois pliés.
Foto: Minha, de meus pézinhos. :P

11 de jul. de 2012

CON-SE-GUI!

We Heart It

Olha eu, toda feliz, vindo compartilhar disso com vocês: Consegui abertura suficiente para um grand ecárt!!!
Aconteceu ontem e eu só pensei, o tempo todo, em correr e despejar minha euforia aqui, só que foi um dia um tanto quanto corrido. E, enfim, nunca é tarde demais para uma boa notícia.
Fiquei super empolgada... tentei tirar foto mas, nada que preste para alguém que ainda estava de pijamas e descabelada e gravei até vídeo (que não vou postar por motivos óbvios, embora seja especial demais para que eu me desfaça dele). Ainda estou com as articulações doloridas mas me arriscarei a alongar de novo logo logo - principalmente porque o recesso das aulas está acabando (finalmente!), aí né.
E lembram de todo aquele blá blá blá? Bem, funcionou comigo.
Próxima meta é um grand jeté que inaugure os 180º no ar. Não gosto da ideia de que um espacate sirva somente para fazer pose bonita no final da coreografia, não obstante, ficarei contente em terminar uma próxima nesta posição. Hahah.
Já contei para vocês como eu amo o balé de paixão? Pois é...